Pesquisas
indicam o aumento de ataques a organizações de saúde e os impactos desse tipo
de crime para o negócio e para as pessoas
Em 2015, a Anthem Inc., segunda
maior seguradora dos Estados Unidos, maculou a própria imagem – e com certeza
perdeu muito dinheiro – por falhas na segurança de dados. De acordo com
reportagem publicada no Wall Street
Journal, em fevereiro daquele ano, um ataque virtual nos sistemas da
instituição foi o responsável pela violação nos dados de 78,8
milhões de clientes da empresa.
Uma pesquisa conduzida pela KPMG e publicada nos Estados
Unidos em 2015 também chegou a conclusões bem sérias: 81% dos executivos da área de saúde disseram que suas
organizações já foram comprometidas por algum tipo de ciberataque nos dois anos
anteriores ao relatório.
O tom das afirmações pode parecer alarmante, mas tem sua
razão de ser. Imagine o estrago causado na credibilidade de uma organização
cujo sistema de segurança da informação não tenha sido capaz de evitar uma
invasão desse tipo. Isso sem contar o dano financeiro. “Vamos pensar um pouco:
antigamente, falava-se em roubo de dados, mas isso se aplicava a grandes
empresas, como bancos”, diz o gerente da qualidade da Diretoria de Certificação
da Fundação Vanzolini, Airton Gonzalez. “Agora, cada vez mais o cidadão está
exposto a esse tipo de crime.”
O especialista explica ainda que, para além do impacto negativo
na reputação da organização, entre as
possibilidades de lucro para criminosos, estão o acesso a dados bancários e de
cartões de crédito dos pacientes; dados de planejamento estratégico da
organização de saúde, relatórios sigilosos ou sua movimentação financeira;
propriedade intelectual de técnicas, metodologias, equipamentos ou sistemas; falsificação intencional de resultados ou diagnósticos
de pacientes, avarias nos equipamentos médicos, que podem causar tanto danos
físicos aos pacientes quanto enormes prejuízos financeiros.
Só para dar uma ideia do volume de dinheiro envolvido em
crimes desse tipo, segundo dados publicados por Aguinaldo Aragon Fernandes
e Vladimir Ferraz de Abreu no livro Implantando
a Governança de TI: Da Estratégia à Gestão dos Processos e Serviços, somente no Brasil, no ano de 2005 as
fraudes pela internet foram estimadas em R$ 300 milhões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário