segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Ataques cibernéticos: quem será a próxima vítima?


Hospitais e outras empresas do setor de saúde são alvo de invasões para obter informações sigilosas e com isso ganhar muito dinheiro


Imagine a seguinte situação: o acompanhante de um paciente está no quarto de um hospital aguardando o parente que foi fazer determinado procedimento médico. De repente, o telefone do quarto toca. A pessoa atende e recebe a informação de que será necessário fazer novos exames, que vai precisar de autorização para realizá-los e de um depósito imediato para tal fim. A voz do outro lado conhece detalhes da ficha médica do paciente e diz que o caráter é de urgência, pois o paciente já está sedado. Muitos familiares sob o estresse de lidar com a doença acabam caindo na encenação e só vão saber que foram roubados na hora de fechar a conta no hospital. “A área da saúde está sendo muito atacada. A organizações têm dificuldade de garantir a segurança do banco de dados interno. E aí quem tem essa informação pode passá-la para as quadrilhas, que se aproveitam da boa-fé de todo mundo”, afirma o gerente da qualidade da Diretoria de Certificação da Fundação Vanzolini, Airton Gonzalez. “Não se trata de uma situação hipotética, para calcular riscos ou avaliar possíveis brechas de segurança. Coisas assim estão acontecendo realmente.”

Organizações de saúde têm se mostrado o alvo ideal para invasões de hackers e a realização de crimes diversos. Isso por serem depositárias de informações relevantes e sigilosas de pacientes, além de reunirem muitas pessoas operando dispositivos tecnológicos que se comunicam em redes com baixo grau de segurança. Ou seja, empresas como hospitais, laboratórios, clínicas, operadoras de planos de saúde, entre outras, estão cada vez mais visadas por criminosos cibernéticos.

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