Hospitais
e outras empresas do setor de saúde são alvo de invasões para obter informações
sigilosas e com isso ganhar muito dinheiro
Imagine a seguinte situação: o acompanhante de um paciente
está no quarto de um hospital aguardando o parente que foi fazer determinado
procedimento médico. De repente, o telefone do quarto toca. A pessoa atende e recebe
a informação de que será necessário fazer novos exames, que vai precisar de
autorização para realizá-los e de um depósito imediato para tal fim. A voz do
outro lado conhece detalhes da ficha médica do paciente e diz que o caráter é
de urgência, pois o paciente já está sedado. Muitos familiares sob o estresse
de lidar com a doença acabam caindo na encenação e só vão saber que foram
roubados na hora de fechar a conta no hospital. “A área da saúde está sendo
muito atacada. A organizações têm dificuldade de garantir a segurança do banco
de dados interno. E aí quem tem essa informação pode passá-la para as quadrilhas,
que se aproveitam da boa-fé de todo mundo”, afirma o gerente da qualidade da
Diretoria de Certificação da Fundação Vanzolini, Airton Gonzalez. “Não se trata
de uma situação hipotética, para calcular riscos ou avaliar possíveis brechas
de segurança. Coisas assim estão acontecendo realmente.”
Organizações de saúde têm se mostrado o alvo ideal para
invasões de hackers e a realização de crimes diversos. Isso por serem depositárias
de informações relevantes e sigilosas de pacientes, além de reunirem muitas
pessoas operando dispositivos tecnológicos que se comunicam em redes com baixo
grau de segurança. Ou seja, empresas como hospitais, laboratórios, clínicas,
operadoras de planos de saúde, entre outras, estão cada vez mais visadas por
criminosos cibernéticos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário